27/01/2010
As belas praias da região da Costa Dourada transformam o litoral de Mucuri em um lugar de encanto
Com 35 Km de praias, algumas ainda virgens com belíssimas falésias e inúmeros coqueirais, Mucuri está situado na zona turística da Costa das Baleias, com as praias da Vila, Pôr do Sol, Praia das Malvinas, Praia da Orla, Praia da Barra, Praia da Lagoa Grande, Praia do Lobisomem, Praia do Josué, Praia da Jacutinga, Praia do Sossego também conhecida por Praia do Domingo, Praia dos Coqueiros, Praia da Costa Dourada, Praia Dois, Cacimba do Padre, Praia dos Lençóis e Praia do Riacho Doce.O ponto litorâneo mais atraente do município de Mucuri é sem dúvidas as praias da região da Costa Dourada. Para se chegar ao balneário, o acesso é pelo povoado de 31 de Março na divisa da Bahia com o Espírito Santo às margens da BR-101. Do local se desce 38 Km até o litoral por estrada de chão muito bem conservada, basta dirigir com vigilância e seguir com atenção as placas indicando o caminho da Costa Dourada, porque sem prudência você poderá se perder entre a densa floresta de eucalipto e estradas vicinais utilizadas por carretas.
Chegando na Praia da Costa Dourada, o visitante logo encontra a “Pousadinha”, um hotel aconchegante e que pertence ao comerciante Gilberto Souza Santos, filho de pais baianos, nascido em São Paulo, mas radicado em Cáceres-MT, que há 12 anos, trocou a vida agitada da cidade grande no Mato Grosso pela vida tranqüila da Costa Dourada. Na “Pousadinha”, o cliente encontra o conforto necessário para quem quer descansar e viver dias de príncipe à beira das mais belas paisagens.
Chegando a Costa Dourada, o visitante também encontra a pousada e o restaurante da atual moradora mais antiga do lugar, que há 20 anos começou a desbravar as belezas da Costa Dourada. A mineira de Governador Valadares, Alfina Rodrigues Ribeiro, 75 anos, popularmente conhecida por “Tia Fina”, se mudou para o local em 1990, 13 anos antes da chegada da energia elétrica.
Ao norte da Costa Dourada, encontram-se as praias dos Coqueiros e do Domingo que proporcionam banhos revitalizantes no mar de águas claras. Na Praia do Domingo a grande atração é o Rio das Ostras que avança 300 metros mar adentro e proporciona deliciosos banhos salobros em meias paisagens exuberantes de falésias nas laterais e manguezais de rio acima.
Saindo de Costa Dourada em direção ao sul, chega-se a Praia Dois, marcada por gigantescas barreiras e falésias naturais. Seguindo a pé, chega-se também a Cacimba do Padre, praia que guarda uma lenda da época dos jesuítas. Segundo os nativos, a cacimba de águas puras e de cor de esmeralda, era protegida por um jesuíta, que se utilizava todos os dias destas terras. Com o passar dos séculos a erosão costeira destruiu o local e formou na costa uma arredondada ilha de pedra que dá característica a boca de uma cacimba modelada, motivo que assim batizou a referida praia, de Cacimba do Padre.
Um pouco mais adiante está a Praia dos Lençóis, uma costa circundada de falésias, formadas por areias alvíssimas. O visitante que chega a Lençóis se impressiona com o brilho do ambiente, bastante acentuado pelo branco das falésias.
O município de Mucuri ainda sedia a Praia do Riacho Doce, um local característico e peculiar da sua beleza. É justamente o Riacho Doce que divide a praia ao meio, lado sul pertence ao município de Conceição da Barra/ES e o lado norte a Mucuri/BA. Divisa legal entre os dois estados que virou atração dos turistas que procuram Itaúnas.
A praia do Riacho Doce está ladeada pelo Parque Estadual de Itaunas, por isso o local é bem preservado no entrono do rio, formando uma região coberta por densa mata paludosa com florestas de locais úmidos, onde se pode com muita sutileza, observar-se animais como lontra, sagüis, mão pelada, macacos, quatis, aves diversas e até jacarés.
Andando pela praia de Costa Dourada até o Riacho Doce se gasta 3 horas de caminhada, mas se caminhar fotografando as belezas das praias, você gastará cerca de 4 horas e meia (conforme gastaram os repórteres Athylla Borborema e Lênio Cidreira para confecção desta matéria para o Teixeira News).
Mas para quem não queira arriscar a andança, a opção é fazer o trajeto de carro com acesso pelo território capixaba ou se preferir, seguir direto por Itaúnas. 500 metros antes da praia do Riacho Doce, o visitante encontrará a Barraca do Jamaica, um nativo do lugar nascido do outro lado do rio em território do Espírito Santo que oferece desde água de coco gelada, até poções e petiscos.
Mas é na barraca do Jamaica que os carros deverão ficar estacionados, porque dali adiante o turista só chega à praia do Riacho Doce, caminhando. A marca do nativo Jamaica é receber os visitantes tocando violão e cantando músicas da MPB, com preferências para as canções de Zé Ramalho, Zé Geraldo, Raimundo Fagner e Edson Gomes. No local o pequeno comerciante que além de cantor também é poeta, conversa com os turistas e fala da importância de preservar as áreas nativas.
As praias do litoral de Mucuri de características selvagens e que ainda não sofreram nenhuma transformação artificial ou urbanização, são as costas da Praia da Lagoa Grande, Praia do Lobisomem, Praia do Josué, Praia da Jacutinga, Praia do Sossego, Praia dos Coqueiros, Praia da Costa Dourada, Praia Dois, Cacimba do Padre, Praia dos Lençóis e Praia do Riacho Doce.
Dessas, apenas as praias do Sossego, Coqueiros e Costa Dourada têm sofrido mais influência do mercado imobiliário e registrado a visita com certa intensidade de turistas, além da Praia do Riacho Doce, situada na divisa com o território do Espírito Santo que apesar de não oferecer nenhuma infra-estrutura de hotel e com poucas barraquinhas de bebidas e petiscos na praia, ela recebe centenas de turistas nesta época do ano, principalmente de hospedes oriundos dos balneários capixabas de Itaúnas e Conceição da Barra.
Especialmente as praias da Lagoa Grande, Praia do Lobisomem, Praia do Josué, Praia da Jacutinga ao norte da Costa Dourada e as praias Dois, Cacimba do Padre e Praia dos Lençóis ao sul da Costa Dourada, são praias desertas, e por isso, são pouco freqüentadas, e assim, não são poluídas. Situadas do lado oposto à parte habitada do município de Mucuri, as referidas praias ainda possuem o privilégio de serem virgens. Poucas pessoas conhecem e freqüentam aquele trecho do litoral de Mucuri, mas quem chega lá, guarda na memória a imagem de uma beleza impactante.
São praias desertas, e por isso mesmo ainda desprovidas de infra-estrutura de apoio ao banhista. Não há bar, restaurante, pousada, tampouco hotel nas imediações. A estrada de acesso é um pouco acidentada e existe dificuldade de tráfego porque haverá necessidade de passar por dentro de propriedades particulares. O melhor mesmo é caminhar pela praia, munido de muita água na mochila, porque vale a pena visitar. A primeira vantagem é a segurança de um banho em água cristalina, desprovida de coliforme, porque trata-se de mar calmo o ano inteiro.
O próprio morador do município de Mucuri desconhece as praias virgens do seu litoral sul. Quem conhece a Praia dos Lençóis, não imagina que esteja em território do município de Mucuri. Chama a atenção a larga faixa de areia branca, fina e plana, propícia ao passeio de bugre, sendo repleta de coqueirinhos, margeada por falésias sinuosas, em nuances de tons que vão do avermelhado ao marfim. O circuito é montanhoso, mas tu poderás superar todos os obstáculos a bordo do teu bugre genial. O mar é aberto, água morna e límpida. De modo geral, a orla da Praia dos Lençóis tem essas características, sendo propícia ao uso de caiaque, mas alguns trechos também são ótimos para windsurf.
Quem pretende visitar estas praias deve usar roupas leves porque o clima é quente e úmido, com temperatura média anual de 29ºC. A altitude é de 32 metros acima do nível do mar. Como não existe pousada nem restaurante nas localidades, o ideal é se hospedar em Costa Dourada para usufruir de um suporte de infra-estrutura, sem, no entanto abrir mão de reservar algumas horas de sol para uma deliciosa aventura pelas praias desertas que o litoral sul de Mucuri reserva para você diante de tantos cenários exuberantes.
O cenário formado por falésias que chegam a 15 metros, areia fina e mar azul conserva praias selvagens que ainda estão para ser descobertas. Mucuri, esconde um reduto natural praticamente intocado. Formado por ecossistemas de mata atlântica, restinga, manguezal, dunas e belíssimas praias, Mucuri é um prato cheio para quem gosta de ecoturismo. Passeios de barco podem ser agendados com os pescadores locais. Caminhadas ao longo das praias é certeza de belíssimas paisagens.
Na sede do município a grande atração é a Passarela Ecológica do Gigica, de 300 metros, que é um atrativo a mais da região. Construída inicialmente para facilitar o acesso dos pescadores à praia, a trilha suspensa sobre o manguezal conquistou os turistas e virou atração da cidade. A trilha é leve, recomendada para pessoas de todas as idades que gostam de ouvir as histórias e informações sobre o manguezal, espalhadas em placas pelo caminho e contadas por guias locais. Ao final do passeio, um banho de rio ou de mar para se refrescar.
As praias são o principal atrativo dessa terra encantadora. A praia de Mucuri é a mais agitada por concentrar a maioria das barracas. A praia de Malvinas, com águas claras e raras, concentra um grande número de casas de veraneio. É o local escolhido pelas tartarugas marinhas para fazer a desova. Os adeptos do surf encontram boas ondas na praia da Vila.
Mas é a partir da barra do rio Mucuri, que a paisagem se transforma. É o ponto de partida para a Costa Dourada, que abriga as praias mais belas da região, formada por 35 km de litoral praticamente inexplorado, onde desembocam vários riachos.
Nesse trecho, o destaque é para a paisagem contornada por falésias avermelhadas que dão um toque selvagem às praias. O banho fica por conta das piscinas naturais formadas por recifes e dos rios que desembocam na região. Algumas das praias têm acesso restrito e são praticamente desertas, como a Cacimba do Padre e a dos Lençóis, que ficaram conhecidas pela presença de areias medicinais. A última das praias é a Riacho Doce, com sua grande faixa de areia branca que delimita o território baiano, fazendo fronteira com o estado do Espírito Santo.
As belezas naturais são tamanhas que os capixabas brigam por esse pedacinho de paraíso desde 1764, antes mesmo da criação do município de Mucuri. Nessa época, era a vila de São José do Porto Alegre, habitada por indígenas de diversas tribos e portugueses que foram se estabelecendo nas aldeias ao redor do rio Mucuri. Foi em 1769 que a vila foi transformada em cidade.
Bastante freqüentada por capixabas, mineiros e goianos, o local incorporou os hábitos dos vizinhos à cultura baiana. A mistura deu certo e fez de Mucuri um lugar especial, por sua cultura, seu povo e belezas naturais inesquecíveis. A rodovia de acesso a Mucuri é a BR-101, com 22 Km do distrito de Itabatã até a divisa da BA/ES. E de Itabatã segue-se por mais 38km pela BA-698 até a cidade de Mucuri.
Para quem gosta de sol, mar, praias virgens, rios e cachoeiras rodeadas pela mata atlântica, as praias do litoral sul de Mucuri oferece aos visitantes um conjunto formado por belas praias, rios, cachoeiras, manguezais e áreas de restinga. Um convite ao descanso e também aos esportes de aventura, como surfe, rafting e trekking (caminhadas por trilhas naturais). No total, são 16 praias, medindo cada uma, cerca de 2 km, incluindo algumas com maior infra-estrutura e outras nas quais se chega apenas por meio de longas caminhadas pelas trilhas.
Mas a grande estrela das praias de Mucuri é mesmo a natureza, mesmo se considerar a erosão costeira que nos últimos anos castigou a orla marítima da cidade de Mucuri. Contudo o grande movimento mesmo de turistas são nas praias da Vila, Pôr do Sol, Praia das Malvinas, Praia da Orla e Praia da Barra, porque estão ladeadas a cidade de Mucuri, literalmente separadas pelo largo Rio Mucuri, que separa a zona urbana do litoral sul do município.
Em Costa Dourada é o lugar ideal para assistir o sol nascer ou se pondo. A imagem do sol mergulhando no mar fica ainda mais bonita, emoldurada pelo colorido dos barquinhos de pescadores sobre os reflexos dos paredões de pedras e ondas bailarinas. Além dos belos rios a beira mar nas praias da Costa Dourada, nessa praia há uma bica de água doce que cai diretamente na areia, deslumbrando os que chegam até lá.
A Costa Dourada pode ser visitada o ano inteiro, pois há sol e águas quentes tanto no inverno, quanto no verão. As chuvas se concentram no período do inverno (julho/agosto), mas não chegam a atrapalhar os visitantes. O período de seca vai de agosto a fevereiro, mas no verão o pequeno balneário fica lotado, inclusive de excursões. De abril a junho e de agosto a novembro o movimento é menor, assim como os preços praticados nas pousadas e restaurantes. O mês de julho, o melhor para pegar ondas, também tem movimento intenso. Não existem grandes hotéis, mas é possível encontrar pousadas aconchegantes na Costa Dourada.
Para o comerciante Gilberto Souza Santos, dono de uma acolhida muito cordial no hotel “Pousadinha” e que chegou a Costa Dourada pela primeira vez em fevereiro de 1997, o sucesso do lugar é a paz e a tranqüilidade que encanta a todos, especialmente pelas belezas naturais das suas praias, que lhe encantou há 12 anos atrás e vem seduzindo centenas de outros brasileiros de diversos cantos do país.
“A Costa Dourada proporciona descobertas e qualidade de vida que não se encontra em nenhum outro lugar. Aqui posso dizer que é um recinto fantástico, bom para descansar, principalmente para quem vem com a família. Esse lugar é encantado, tanto e eu fiquei enfeitiçado por ele há 12 anos. Hoje quem vem a Costa Dourada, acaba retornando e trazendo outros amigos, multiplicando os visitantes a cada ano e aumentando o número de compra de imóveis na localidade”, destaca Gilberto.
Para se hospedar e conhecer Costa Dourada no conforto da “Pousadinha” de frente para o mar, neste período do verão, se paga R$ 70,00 por casal num apartamento com Tv, ventilador e frigobar. R$ 90,00 por um quarto para três pessoas. Podendo optar em pagar a diária de R$ 80,00 por uma casa mobiliada para um grupo de até 5 pessoas. Mas é bom reservar antes o seu apartamento, ligando para (73) 3206-1132 e 9994-4578.
Conta “Tia Fina” a pousadeira mais antiga do balneário, que quando se mudou para Costa Dourada só existiam dois moradores nativos e cerca de 5 casas construídas em pequenas áreas de terras de propriedades de turistas que só apareciam no verão. O terreno em que construiu o seu empreendimento atual, foi comprado de uma imobiliária depois de muita resistência para fazer o negócio. Mas tão logo conheceu a localidade, decidiu vender a sua casa de comércio em Governador Valadares e se mudar para Costa Dourada.
Para quem chega à Costa Dourada e pretende passar temporada ou apenas pernoitar, não enfrentará problema de vagas no hotel da “Tia Fina” porque a estrutura existente é suficiente para atender a demanda dos visitantes. Para quem quiser garantir a sua vaga antecipada basta ligar (73) 9986-0181 e 3206-2509. No restaurante da “Tia Fina” um refrigerante em lata custa R$ 02,00, no mesmo preço do coco gelado e a refeição é self-service ao um custo de R$ 10,00 o quilo. Quarto ou apartamento de casal varia de R$ 30 a R$ 50,00 a diária.
O cardápio do restaurante da “Tia Fina” é variado e atende sempre o gosto do consumidor, mas o famoso prato do ambiente trata-se de uma “carne de lata com farofa” e uma especial “moqueca de peixe com leite de coco”. “Além das belezas das nossas praias, aqui conquistamos o visitante pelo estômago”, brinca Tia Fina.
“Nunca tinha conhecido praias tão belas e um balneário com uma tranqüilidade capaz de revigorar nossa mente. Tudo isso aqui é encantador. Gostei e prometo voltar com grandes recomendações aos amigos”, disse o empresário capixaba Fausto Sthel, do ramo de aluguel de veículos em Vitória.
O engenheiro agrônomo Luiz Antônio, de Cuiabá-MT, conheceu Costa Dourada em 2007 e retornou agora em 2010, quando disse ao Teixeira News que o balneário além de encantar as pessoas propiciam liberdade às crianças com suas praias razas e água doce em abundância, que torna o lugar um destino certo das férias de muita gente.
O administrador Carlos Antunes, de Ipatinga-MG., disse que conhece toda a costa nordestina, principalmente a baiana e destaca que nada é comparado as praias do litoral sul de Mucuri, que são até mesmo mais bonitas do que as praias de Cumuruxatiba no litoral norte do Prado e as do território de Itacaré.
O município de Mucuri que hoje é proporcionalmente dono da maior arrecadação financeira do extremo sul e 16º município mais rico do estado, além de 5º em arrecadação de ICMS da Bahia, completou em 10 de outubro de 2009, 240 anos de emancipação político administrativa. Mucuri (Nascida em 10/10/1769) é a mais antiga cidade da região administrativa do extremo sul da Bahia, seguida por Santa Cruz Cabrália (23 de julho de 1833), Caravelas (23 de abril de 1855), Belmonte (23 de maio de 1891) e Porto Seguro (30 de junho de 1891).
Mucuri possui o 7º maior território da região extremo sul com 1.775 Km2, e com uma população atual de 32.215 habitantes, conforme censo do IBGE de 2007. A sede do município fica estabelecida à beira do oceano atlântico e às margens do cruzamento das BAs 698 e 001 e o seu território é cortado de norte a sul pela rodovia federal BR-101. O município foi criado por emancipação política em 10 de outubro de 1769, com território desmembrado de demarcações denominadas pelo estado que tinha sede territorial na capitania provinciana da segunda vila antiga de Porto Seguro.
As festas tradicionais da cidade de Mucuri são Réveillon, Carnaval e festa junina do Peroá no período do São Pedro. O calendário do carnaval é a época do ano que atrai milhares de pessoas à cidade, procedentes dos mais diversos cantos do país, principalmente de Minas Gerais e Goiás, quando Mucuri é transformada na capital dos mineiros.
Seu nome tem origem na língua tupi, ao nome de uma madeira originária da região e origem maior do nome do Rio Mucuri, que nasce no nordeste de Minas Gerais e percorre em maior extensão em seu território até a deságua no oceano atlântico na cidade sede de Mucuri. Seu padroeiro é São José.
A economia base de Mucuri gira em torno da Pesca, Agricultura, Pecuária, Cacau, Cultivo do Eucalipto e Indústria de Papel e Celulose. O município é portal de entrada da Bahia e do nordeste brasileiro, fazendo fronteira com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Além da sede, Mucuri possui 12 distritos e povoados, iniciando com Itabatã que é o atual maior povoado do Brasil, além de Belo Cruzeiro, Taquarinha, Ibiranhém, São Jorge, Campo Formoso, 31 de Março, Cruzelândia, Nova Brasília, Oliveira Costa, Paulo Freire e Costa Dourada, além de 5 assentamentos agrários e 32 comunidades.
Agricultura (produção expressiva de mandioca). Na pecuária, apresenta importantes rebanhos bovino, suíno e eqüino. Possui 185 indústrias (com destaque para a Suzano/Bahia Sul Papel e Celulose, maior empresa nacional do ramo em patrimônio líquido e uma das principais indústrias de papel do continente), 1º lugar na posição geral do Estado da Bahia na indústria de papel e celulose e 1.266 estabelecimentos comerciais na 38ª posição dentre os municípios baianos.
As primeiras explorações na região onde se situa Mucuri, datam do século XVI, devido as constantes tentativas de encontrar ouro e pedras preciosas. Porém, a ferocidade dos aimorés tornou difícil a permanência desses exploradores que nada puderam edificar na região. Notícia de riquezas no Brasil trouxe inúmeros europeus, além dos portugueses que por terras mucurienses já habitavam. Dessas levas, alemães e suíços se estabeleceram, cultivando café no início do século XVIII.
Município criado com território desmembrado de Vila Viçosa, demarcação provinciana da vila de Porto Seguro, com sede no arraial de Mucuri e recebendo a denominação de Vila de São José de Porto Alegre, por força da Carta Régia, de 03/03/1755, teria a subdivisão alterada para Mucuri.
A beleza das praias da região da Costa Dourada, ainda registra na história do município de Mucuri, a disputa em que foi alvo o referido território por meio de brigas por limites em virtude do desejo antigo do Espírito Santo em tê-lo no seu limite base. A questão dos limites entre a Bahia e o Espírito Santo tem origem no ano de 1764, quando tropas baianas comandadas pelo ouvidor Tomé Coucero de Abreu invadiram o norte capixaba até o Rio Doce no município de Linhares, e dominaram a região por 59 anos.
Naquela época, o Rio Mucuri era o marco divisório entre os dois estados e São Mateus a cidade mais importante do Espírito Santo. A ocupação baiana terminou com a proclamação da Independência do Brasil.
Em 1923, quando começou a ser construída a estrada de ferro para ligar Cajubi a Conceição da Barra, a Bahia quis invadir o Espírito Santo de novo. Nessa época, foi publicado o livro “Questão dos Limites entre a Bahia e o Espírito Santo”, do historiador Braz de Amaral, que contestava a divisa entre os dois estados pelo Rio Mucuri e assegurava que a divisa real situava-se à margem esquerda do Riacho Doce. Historiador recomendava uma visita armada dos baianos a São Mateus.
Quando a construção da ferrovia alcançou o município de Taquaras, o governo da Bahia embargou as obras, paralisando sua construção. Foi uma questão provocada pelo deputado Pedro Fontes, que temia ser prejudicado em sua fazenda de cacau localizada na margem esquerda do Rio Mucuri.
Em 22 de abril de 1926, foi assinado um acordo entre a Bahia e o Espírito Santo, representados pelos governadores Francisco Marques de Góes Calmon e Florentino Ávidos, com prazo de vigência até 1951. O documento dava direito de 1.200 quilômetros de terras capixabas à Bahia, estabelecendo uma linha provisória, onde a divisa não seria mais o Rio Mucuri e sim o Riacho Doce.
No ano de 1992, o Espírito Santo voltou apenas ensaiar a pretensão de recorrer por ações políticas para se apossar do território do outro lado do Rio Mucuri que engloba todas as praias da Costa Dourada. Mais o então governador da Bahia na época, Antônio Carlos Magalhães resistiu duramente à intenção dos capixabas e ameaçou invadir o território Espírito-santense caso houvesse a insistência política daquele estado em querer tomar a área da Costa Dourada dos pertences da Bahia.
Contudo, especialmente a cidade de Mucuri, não é só belezas naturais, sol e diversão. Porque se agrava a situação da cidade de Mucuri com as constantes ressacas marítimas dos últimos tempos que têm avançado contra a zona urbana e engolido a cidade, destruindo barracas e imóveis comerciais e residenciais.
Atualmente a situação da erosão costeira é assustadora para quem já conheceu a cidade de Mucuri e sua bela orla marítima com bonitas praias e paisagens encantadoras, além da decoração dos seus famosos reveillon’s e carnavais. Tudo de atrativo que existia na orla marítima da cidade já foi levado pela força do mar.
A ressaca marítima na cidade de Mucuri se iniciou efetivamente no ano de 1999, dois anos depois de ter se iniciado na vizinha cidade capixaba de Conceição da Barra. Entretanto, a partir do ano de 2001, a Prefeitura Municipal na então gestão do prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa “Robertinho” (PR), iniciou a construção dos espigões costeiros que solucionaram o problema parcialmente, em razão da obra não ter se concluído na ocasião, porque, apenas a Prefeitura teria cumprido o seu investimento, sendo que os governos Estadual e Federal não repassaram as verbas que seriam necessárias na parceria para se concluir o plano civil.
Mesmo não tendo se concluído as obras, o problema da erosão foi resolvido durante aqueles 4 anos, mesmo diante do pouco que a Prefeitura pôde fazer objetivando a solução do problema na ocasião. Mas a partir de 2005, com a falta de conservação dos espigões costeiros e com a falta de iniciativa de recomeçar a obra, o mar voltou a agredir o patrimônio público e imobiliário da cidade. Contudo, atualmente a prefeitura municipal de Mucuri está construindo em definitivo as obras dos espigões em parceria com o governo federal, através do Ministério da Integração Nacional.
Texto e Fotos de Athylla Borborema
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